No Paraná, coletores deixam recado para quem não separa o lixo

No Paraná, coletores deixam recado para quem não separa o lixo

Lei de Nova Esperança proíbe coleta de sacolas de orgânico com reciclável. Adesivo é colado: “Este lixo não foi recolhido porque não está separado”.

17/06/2013 22h40 – Atualizado em 17/06/2013 22h40

Do G1 PR com informações da RPC TV Paranavaí

Moradores de Nova Esperança , no noroeste do Paraná , criaram o hábito de separar o lixo por meio de uma lei aprovada em 2008. De acordo com a legislação, os coletores não podem recolher materiais orgânicos e recicláveis que estejam no mesmo saco de lixo. Segundo a prefeitura, há cinco anos, 50% da população de 27 mil habitantes separavam o lixo. Atualmente, 90% dos moradores tem este costume.

De segunda a sábado, dois caminhões passam em frente às casas para fazer a coleta. Um deles reúne o lixo orgânico, e o outro, o reciclável. Na sacola que contem materiais misturados, é colado um adesivo que avisa: “Este lixo não foi recolhido porque não está separado”.

Segundo a prefeitura, chegam até a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis (Cocamare) cerca de 100 toneladas de materiais recicláveis a cada mês. A separação dos moradores de Nova Esperança gera uma renda de R$ 24 mil mensais para os cooperados.

A cooperativa foi fundada no mesmo ano em que a lei foi aprovada. Em 2009, o local recebeu um recurso de aproximadamente R$ 1 bilhão do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). Com o dinheiro, foi construído um barracão com refeitório, escritório e sala de aula, para que estudantes possam compreender o processo de separação de lixo. Hoje, 32 cooperados trabalham no local.

Assista ao vídeo – clique aqui.

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